Histórico

O projeto nasceu na disciplina Organização da Educação Brasileira da Faculdade de Educação da UFRGS, envolvendo licenciandos dos semestres finais de diversos cursos, sob a orientação do professor Carlos Machado, e acabou por concretizar-se em agosto de 2000, com uma parceria realizada entre a Universidade, o movimento comunitário do Jardim Carvalho e a Escola Estadual Gema Angelina Belia, localizada na Av. Antônio de Carvalho, na zona leste de Porto Alegre.

Os cursos populares já são uma realidade no Brasil. O primeiro foi criado em 1987 na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), para atender aos interesses dos estudantes de baixa renda que, ao serem excluídos dos cursos tradicionais, vêem reduzidas ainda mais as suas chances de ingresso na universidade pública. Para aquele ano de 2000, conforme o projeto inicial, estimara-se em cerca de 30 mil os alunos matriculados em cursos alternativos no País. E este número vem crescendo, uma vez que estas iniciativas têm proliferado no Brasil.

Em 2001, frente à necessidade de uma maior organização das atividades do Curso Pré-Vestibular e para sua legalização, bem como de outras iniciativas na área sócio-educacional, o coletivo de professores constituiu a Organização Não-Governamental para Educação Popular, devidamente registrada junto aos órgãos competentes.

No ano de 2002, o Curso Pré-Vestibular Popular aumentou sua área de atuação, estabelecendo uma outra parceria com a Escola Estadual Florinda Tubino Sampaio, localizada na Av. Montenegro, também no município de Porto Alegre.

O Projeto vem alcançando resultados satisfatórios ao longo destes anos, com excelentes resultados. Houve queda da evasão ao longo dos anos, assim como aumento do número total de alunos aprovados no Vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, passando de um aluno em 2002 para quatro em 2003 e oito alunos em 2004 e 2005 e sete alunos em 2006.

O Pré-Vestibular Popular, além de aumentar as chances de aprovação dos alunos das classes populares no Vestibular da UFRGS, possibilita aos estudantes dos cursos de licenciatura desta Universidade, professores colaboradores deste Projeto, a realização de sua prática de ensino, bem como o recebimento de ajuda de custo para a realização de suas tarefas. Além disso, ao proporcionar o ingresso na Universidade, o Curso contribui também com a luta dos cidadãos pela universidade pública, gratuita e de qualidade. Ao mesmo tempo, possibilita aos alunos desta Universidade o aprofundamento e a ampliação de seu caráter social.